Mesmo a cúpula nacional tucana que derrotou o ex-governador paulista na convenção do partido quer que ele dispute prefeitura
Foto: AE
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Presidente do PSDB Sérgio Guerra e os líderes tucanos Alvaro Dias (Senado) e Bruno Araújo (Câmara)
Há duas semanas, Guerra encontrou-se com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), para discutir a sucessão na capital. Na conversa, os dois acertaram que a prioridade é fazer de Serra o candidato apesar de haver quatro pré-candidatos inscritos nas prévias tucanas.
Segundo o iG apurou com senadores, os tucanos decidiram também afastar o senador Aécio Neves (PSDB-MG) de qualquer articulação em São Paulo. O objetivo é evitar que Serra se irrite com uma suposta intervenção do mineiro em seu território.
No começo do ano, cogitava-se uma aproximação de Alckmin e Aécio de Gabriel Chalita, pré-candidato a prefeito pelo PMDB. A operação teve até o aval da cúpula do DEM, partido que atualmente está mais afinado com o mineiro do que com Serra.
Contudo, as negociações entre o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), com o PT fizeram o jogo mudar. Dias depois do primeiro encontro entre Kassab e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Guerra procurou o prefeito para pedir que esperasse um pouco.
Kassab, porém, só mudou mesmo de ideia depois que Serra informou-o que, de fato, estuda disputar a prefeitura com o apoio do PSD. Os próximos dias serão decisivos para a confirmação da candidatura do ex-governador à Prefeitura de São Paulo.
Brigas tucanas
Guerra foi coordenador da campanha de Serra ao Palácio do Planalto em 2010. Meses depois, porém, os dois romperam depois que o presidente tucano começou a articular sua permanência no comando do partido junto com o senador Aécio Neves (PSDB-MG).
O ápice do desentendimento ocorreu quando Guerra coletou assinaturas de integrantes da bancada da Câmara para ratificar sua manutenção na presidência do PSDB. O fato irritou Serra, que tinha pretensão de ocupar o posto.
Sem chances para ficar com o comando da sigla, Serra passou a lutar pela Presidência do Instituto Teotônio Vilela (ITV). Também foi derrotado pelo grupo de Guerra e Aécio, que indicaram o ex-senador Tasso Jereissati (CE) para a função.
Restou a Serra o comando do Conselho Político do PSDB, que até agora não se consolidou como uma instância com influência dentro do partido.
(Adriano Ceolin, iG Brasília)
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