quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Rio Branco e Brasileia têm mais de 12 mil desabrigados pela cheia do rio Acre

Duas das principais cidades atingidas pelas cheias do rio Acre, a capital Rio Branco e a cidade de Brasileia somam mais de 12 mil pessoas fora de suas casas devido a segunda pior enchente já registrada no Estado. Leia também: Desabrigados no Acre recebem ajuda humanitária Veja imagens aéreas da capital Rio Branco antes e depois da cheia: De acordo com estimativa da prefeitura de Rio Branco, as chuvas atingiram 57,2 mil pessoas e deixaram 6 mil pessoas desabrigados e desalojados. Pelo menos 45 áreas divididas entre bairros e comunidades rurais foram atingidas. Cerca de 14,3 mil casas estãom alagadas. O nível do rio Acre na cidade está em 17,46 metros, 3,46m acima da cota de transbordamento. De acordo com o chefe do Centro Nacional de Gerenciamento de Risco e Desastres da Defesa Civil, Armin Braun, a tendência é que a situação piore ainda mais nos próximos dias. “Uma estimativa inicial é que 63,8 mil pessoas tenham sido afetadas. Esse número deve aumentar porque o rio Acre tende a continuar enchendo e as informações ainda estão chegando do interior do Estado”, disse Braun à Agência Brasil. O chefe do Centro Nacional de Gerenciamento de Risco e Desastres da Defesa Civil acrescentou que a cheia do Rio Acre pode superar a pior já registrada. “O rio Acre, que está acarretado os maiores problemas, ainda vai encher. As cidades localizadas acima da cidade de Rio Branco foram muito afetadas e nos próximos dias o rio, que está já está com 17,46 metros acima do volume normal, pode superar 17,66 metros, que foi a maior cheia já registrada, em 1997. A água está subindo lentamente, mas isso é muito preocupante”. Apesar da expectativa da piora da situação, Braun disse que o governo estadual e o federal conseguiram agir preventivamente e evitar mortes. As pessoas atingidas estão sendo levadas para abrigos oferecidos pelo governo estadual e pelas prefeituras. Ainda de acordo com Braun, foram distribuídas 2,8 mil cestas de alimentos e100 barracas pelo governo do Estado. Além disso, dois helicópteros e dois aviões da Força Aérea, além de 70 homens da Força Nacional de Segurança ajudam no socorro às vítimas no Acre. Quarenta e três homens do Corpo de Bombeiros de Brasília foram para a região para ajudar nas operações e auxílio aos desabrigados. Brasileia Foto: Divulgação Ruas inundadas de Brasileia, nesta quarta-feira Com seis mil pessoas desabrigadas e a pior situação de alagamento de sua história, Brasileia, mesmo com a redução de 55 centímetros no nível do rio Acre, nesta quarta-feira, ainda vive um momento delicado. Segundo a prefeita Leila Galvão, várias casas desabaram e esse período é o que mais preocupa, pois as águas podem fazer muitos estragos neste movimento de retorno à normalidade. O rio marcava 13,60 cm na manhã desta quarta-feira, 22, em Brasileia. As famílias desabrigadas, que correspondem a 45% da população urbana do município, estão alojadas em igrejas, escolas e ginásios. “Aconteceu situação em que pessoas saíram de suas casas e foram para uma escola, e água também alagou esta escola e elas tiveram que ser retiradas novamente”, disse a prefeita. Um pavilhão do hospital das Clínicas, Raimundo Chaar, foi interditado por problemas estruturais causados pelas águas da alagação. Um hospital de campanha, das Forças Armadas, será montado para atender aos pacientes e dar o suporte necessário

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